Jornal A TARDE || Edição Digital - page 5

SALVADOR
QUARTA-FEIRA
1/4/2020
ESPECIAL
A5
COVID-19
Levantamento do Datafolha revela confiança dos brasileiros nos
veículos de comunicação para buscar informações sobre o novo coronavírus
PLATAFORMASDOGRUPO
ATARDE REGISTRAMALTA
EMNÚMEROSDEACESSOS
A plataforma
criada para
concentrar o
conteúdo sobre
coronavírus
ultrapassou 379
mil acessos
entre 20 e
29 de março
CREDIBILIDADE
Confia ou não confia nas informações
sobre o coronavírus divulgadas
FONTE
Datafolha
Confia
Não confia
Em parte
Não utiliza
12
%
6
%
58
%
24
%
WHATSAPP
JORNAL IMPRESSO
SITES DE NOTÍCIAS
FACEBOOK
12
%
13
%
50
%
25
%
Editria de Arte A TARDE
5
%
22
%
35
%
17
%
8
%
56
%
11
%
61
%
38
%
25
%
12
%
25
%
50
%
11
%
21
%
2
%
PROGRAMAS JORNALÍSTICOS DE TV
PROGRAMAS JORNALÍSTICOS DE RÁDIO
RODRIGO AGUIAR
Expressa em recente levan-
tamentodoDatafolha, a con-
fiança dos brasileiros nos
veículos de comunicação pa-
ra buscar informações sobre
o coronavírus é destacada
por todas as plataformas do
grupo A TARDE.
Para a diretora dos jornais
A TARDE e Massa! Mariana
Carneiro, pesquisasdivulga-
das ao longo dos últimos
anos têm confirmado a cre-
dibilidade do meio impres-
so, questão que ganha im-
portância ainda maior em
períodos como o atual, em
queaspessoasdependemde
informaçõesconfiáveispara
determinar sua conduta.
“Os jornais são um aliado
poderoso para contrapor a
desinformaçãonas redes so-
ciais, em conteúdos publi-
cados por fontes de infor-
mação em sua maioria du-
vidosas. O jornalismo é de
grande importância, agora
mais do que nunca, porque
envolveaproteçãoàvidadas
pessoas”, afirma.
Audiência
A credibilidade das grandes
marcas pode ser observada
também no aumento de
acessos aos portais. Emmar-
ço, oPortal ATARDE superou
a marca dos 13 milhões. Já a
plataforma criada para con-
centrar o conteúdo sobre co-
ronavírus (o hotsite corona-
virus.atarde.com.br) ultra-
passou379mil acessos entre
20 e 29 de março.
“Em tempos de coronaví-
rus, quando as fake news ga-
nham ainda mais força pela
relevância do assunto, cria-
mos uma plataforma exclu-
siva para concentrar o con-
teúdo sobre o tema, o que
ajuda o leitor a organizar a
leitura e ter as informações
completas de forma crono-
lógica e com segurança na
apuração das informações”,
diz Caroline Gois, diretora
do Portal A TARDE.
Para ela, o aumento da au-
diência é em função da cre-
dibilidade damarca. “Temos
responsabilidade com a no-
tícia, comaproduçãodocon-
teúdo e com o impacto des-
sas matérias na sociedade. O
focomaiordetodasasnossas
plataformas é a responsabi-
lidade social e comprometi-
mento com nosso trabalho”,
acrescenta. No Instagram do
grupo, entre os dias 15 e 29de
março, foram109.407 contas
alcançadas, ou seja, contas
únicas que viram qualquer
uma das publicações. No
mesmo período,
foram
16.946 visitas ao perfil e
2.098 cliques no site através
do Instagram.
“Comuma equipe respon-
sável pelo gerenciamento, o
Instagram consolidou a
marca Grupo A TARDE e, pe-
la primeira vez após dois
anos, ampliou o número de
seguidores, alcance e im-
pressões”, afirma a diretora
do portal, que comenta as
mudanças implementadas.
“No ultimo semestre am-
pliamos a equipe, constituí-
mos uma dinâmica que for-
talece editorias como Espor-
teePolítica, alémde reforçar
nossa produção de hard
news. Promovendo a apro-
ximação com as comunida-
des, oportal fechouparceria
com nove sites para dar voz
aos moradores”, diz.
Rádio
Diretorda rádioATARDEFM,
Jefferson Beltrão destaca a
forte relação com as comu-
nidades locais. “Isso se ex-
plicapor serumveículo ime-
diatista, falado, acessível ao
grande público, e que ganha
credibilidade quando utili-
zado de forma responsável.
Esse, aliás, é o desafio de
quem faz rádio, principal-
mente o radiojornalismo:
ser preciso na apuração e
transmissão dos fatos no
menor espaço de tempo pos-
sível. Só assim o rádio pode
seguir como um dos prota-
gonistas no consumo e na
difusão de conteúdo, para
deixar os ouvintes, mais de
80%dapopulaçãobrasileira,
cada vez mais satisfeitos”.
De acordo com o Datafo-
lha, o rádio está atrás so-
mentedaTVedos jornaisno
índice de confiança em in-
formações sobre a crise do
novo coronavírus. Nos pro-
gramas jornalísticos de rá-
dio, 50% dos entrevistados
disseram confiar; 11% não
confiam; 21%, em parte; e
17% não utilizam. Foram en-
trevistadas 1.558pessoaspor
telefone, entre 18 e 20 de
março. A margem de erro é
de três pontos percentuais.
Pandemia aumenta a
audiência de jornais
ANNA PELEGRI
France Presse
A pandemia do novo coro-
navírus com a consequente
necessidade de contar com
informações confiáveis fez
disparar a audiência dos
grandes meios tradicionais,
o que pode se tornar uma
grande oportunidade para
se sair da crise de confiança
que os atinge.
A imensa propagação da
Covid-19 pelo mundo levou
os meios de comunicação a
se destacarem pela cobertu-
ra para responder às per-
guntas de uma população
queestáansiosapor sua saú-
de epreocupada comas con-
sequênciaseconômicaseso-
ciais que a pandemia cau-
sará.
“Nunca tivemos tanta au-
diência, nem de forma
quantitativa ouqualitativa,
ou seja, no tempo de lei-
tura” na internet, contou à
AFP um porta-voz do El
País, o jornal mais lido da
Espanha.
“É uma loucura”, acres-
Credibilidade e compromisso
social de veículos atraempúblico
Diante da crise, “as pessoas
precisamconfiar na ciência,
nas autoridadespúblicas, na
mídia. Nosúltimos anos, po-
líticos irresponsáveis des-
truíram de forma delibera-
da a confiança” nesses três
setores, disse ao Financial
Times Yuval Noah Harari,
historiador israelense e au-
tor de
Sapiens
.
A BBC também registrou
recordesdeaudiência, emum
momento de incertezas sobre
o seu futuro, já que o governo
de Boris Johnson acusou esse
meio de comunicação de ser
parcialeameaçouacabarcom
seu sistema histórico de fi-
nanciamento baseado no im-
posto audiovisual.
Frear ‘fake news’
“Éummomento importante
para os meios de comuni-
cação”, confirma o historia-
dor francês Patrick Eveno.
“Tem que demonstrar que
estão a serviço do público,
cominformações confiáveis
e escolher” os dados perti-
nentes, acrescentou.
Eveno opina sobre a pos-
sibilidade da crise econômica
depois da pandemia poderia
ser um golpe mortal ao for-
mato dos jornais em papel,
dizendo que “os meios que
forem considerados confiá-
veis poderão ver suas assina-
turas digitais multiplicar”.
Em paralelo, a imprensa
tradicional está contribuin-
Newseum / Reprodução
Niklas Halle’n/ AFP Photo
centou o porta-voz, expli-
cando que essa tendência
acontece tanto entre os lei-
toresespanhóiscomonosda
América Latina, onde conta
comumaversãotambémfa-
mosa.
O jornal espanhol El Mun-
do informou, por sua vez,
que, desdeo iníciodemarço,
“todos os dias o tráfego na
web foi de 120% acima do
esperado”.
Recordes históricos
No dia em que o primeiro
casodonovocoronavírus foi
registrado na Argentina, as
visitas aos sites do jornal
Clarín aumentaram “cerca
de 26%, e as visualizações,
em 35%”, explicou o edi-
tor-chefe, Ricardo Kirsch-
baum.
E quando o governo de-
cretou a quarentena total,
“alcançamos o recorde his-
tórico de usuários (6,6 mi-
lhões)”, ressaltou.
“Os usuários buscamma-
térias com explicações, so-
bre serviços e testemunhos.
E lhes interessa muito o que
estáacontecendonos outros
países, principalmente na
Itália, Espanha e França”, se-
gundo Kirschbaum.
Por sua vez, na segunda
semana de março, o La Na-
ción aumentou em 108% a
audiênciadigital diária. “Ba-
temos todos os recordes his-
tóricos de audiência desde
que temos a edição digital
(1995)”, segundo seu secre-
tário de redação, Martín Ro-
dríguez Yebra.
Também o uruguaio El
País registrou um aumento
superior a 50% nas visua-
lizações nos primeiros 20
dias do mês de março em
relação ao mesmo período
do último ano.
Para Kirschbaum, “uma
conclusão parcial desses da-
dos é que as audiências re-
correm aos meios de comu-
nicação com uma longa tra-
jetória, como, entreoutros, o
Clarín, quando precisam de
informação confiável, opi-
niões comfundamento e co-
berturas com uma maior
profundidade”.
Mídia x redes sociais
Segundo uma pesquisa rea-
lizada emmeados de março
pelo instituto Ipsos, enco-
mendada pelo site america-
noAxios, essahipótesepode
ser comprovada.
A partir da pesquisa, foi
percebido que cerca da me-
tade dos americanos confia
na grandemídia tradicional
como forma de obter infor-
mação confiável sobre o no-
vo coronavírus, enquanto
74% desconfiam das redes
sociais.
La Nación e El
País registram
maior procura
dopara frear a expansãodas
“fake news” sobre o corona-
vírus, algumas já populares,
como a informação falsa de
que o vírus que surgiu na
China foi criado pelo Insti-
tuto Pasteur, na França.
Noentanto, há jornais que
também noticiariam falsas
informações, como o tabloi-
de inglês Daily Mail, que
anunciou que o vírus con-
taminou inicialmente uma
pessoaque tinha tomadoso-
pa de morcego na China.
ANNA PELEGRI, FRANCE
PRESSE
Boris
Johnson acusou
a BBC de ser
parcial
Meios de
comunicação
destacam-se
por cobertura
No Instagram
de A TARDE,
entre os dias 15
e 29 de março,
foram 109.407
contas
alcançadas e
16.946 visitas
ao perfil
A BBC também
registrou
recordes de
audiência
Arquivo A TARDE
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