Jornal A TARDE || Edição Digital - page 3

SALVADOR
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Jornalista, advogado, escritor, procurador do
estado aposentado, ex-presidente da OAB-BA
M
ais do que o coronavírus, o do
medo coletivo levará a um efeito
psicológico de longo prazo, alte-
rando costumes e influenciando significa-
tivamente a vida das pessoas. Tocar, apertar
a mão e abraçar serão feitos com cautela,
pois o medo projetará um monstro no ou-
tro. O que a humanidade deveria ter apren-
dido e não o fez, necessitando de um vírus
letal para ensiná-la? As respostas até então
são as mesmas de sempre, portanto, só
teremos uma precisão melhor quando
avançarmos no tempo.
O ser humano sempre representou seus
medos em monstros aterrorizadores. A
mente desloca o medo do invisível e obs-
curo para o sobrenatural demonizado. Di-
fícil é dissolver o símbolo criado na Cons-
ciência, eliminando o medo. Para tanto, a
única via saudável é o conhecimento e o
amadurecimento da personalidade. O Co-
vid-19 nos convida ao aprofundamento de
questões negligenciadas a respeito de quem
somos, do que fazemos na Terra e de nossa
transcendência.
Desde os mais remotos tempos, os sa-
cerdotes eram aqueles que esclareciam
quanto ao que assolava uma população, ofe-
recendo explicações e consolo em nome do
Divino. Naqueles tempos, o medo era apla-
cado com representações que o mantinham
sobre o controle da religião. Hoje não são os
sacerdotes nossos heróis, nem são eles que
estão na linha de frente para exorcizarem os
“demônios”, pois são os médicos e cientistas
que se colocam na vanguarda para ofere-
cerem soluções definitivas, ainda que en-
treguemos o controle da situação a uma
outra deusa: a razão.
Levantemo-nos. Onde estão os heróis
da vida, cuja luta nunca os derrubam? Por
que temos que enfrentar crises engaio-
lados, com medo e sem esforço signi-
ficativo? Temos que encontrar soluções
mais apropriadas aos desafios postos. So-
luções radicais, de qualquer tipo, tendem
a produzir efeitos danosos. Portanto, é
preciso inteligência e despolitização na
condução do conflito coletivo.
Vidas estão em jogo, exigindo discerni-
mento, cautela e serenidade. Como voltar à
vida social comum sem pôr em risco mais
vidas? Como conduzir uma população com
medo e com excesso de informação, cuja
qualidade nem sempre é aferida? Talvez a
resposta esteja na própria natureza do vírus
que provoca tamanha paúra. Implica con-
siderar que sua pouca visibilidade é um
convite à percepção da natureza espiritual
do ser humano.
Quando entendermos que investimentos
em educação, em saneamento básico e em
saúde deveriam estar à frente de nossas
prioridades políticas, no lugar de festejos
passageiros e no uso do dinheiro em mer-
cados financeiros, teremos uma sociedade
preparada para todo tipo de “monstro”.
A curto prazo, a solução mais racional e
emocional é a manutenção das campanhas
de prevenção, a ampliação do atendimento
médico e o retorno gradativo das atividades
que permitam a empregabilidade das pes-
soas. O vírus é uma mensagem das Forças
Superiores da Vida para que o ser humano
responda com seu amadurecimento.
Adenáuer Novaes
Psicólogo, escritor, filósofo e engenheiro
EDITORIAL
Garimpeiros da verdade
Deus seja sempre louvado
Vírus domedo
coronavirus.atarde.com.br
DESTAQUES
DO PORTAL
A TARDE
Alimentos não
higienizados podem
ser transmissores
Freepik / Divulgação
atarde.com.br/bahia
Famílias são
despejadas de
ocupação emLauro
A verdade é uma só,
enquanto as mentiras
estão em toda parte.
O jornalista, como o
garimpeiro, busca o
ouro e evita a pirita
Nodiaassociadoàmentira, nãohá razão
para celebrar algum golpe antigo ou
atual trapaça: como qualquer outra, esta
ediçãodeATARDE, neste 1º deAbril, preza
a verdade, pois se alimenta da credibi-
lidade contínua de um jornal impresso
líder. E se acrescentamos a este contexto a
longevidade, chegamos à verdade irre-
vogável: umjornal não sobrevive por dois
ou três dias se não formar crença jus-
tificável aquemo lê. Imaginemumjornal
de 107 anos!
Nascido na França, no século XVII,
por conta de alteração de calendário
ridicularizada pela população, e for-
talecido em gozações na Itália e In-
glaterra, o 1º de Abril é atribuído no
Brasil à circulação do jornal mineiro
A Mentira, de 1828.
Neste momento tenso de pandemia,
aumenta a busca de informações con-
fiáveis. O Datafolha, um dos principais
meios de pesquisa do país, detectou 56%
de leitores em situação de plena confia-
bilidade ao ler as notícias do meio im-
presso. Como efeito deste vínculo, os bra-
sileiros letrados acreditam nos portais de
notícias, redes sociais, jornais e nas emis-
soras de rádio associados a veículos im-
pressos, como ocorre com o portal A TAR-
DE, o Massa! e a rádio A TARDE FM.
A verdade é uma só, enquanto as men-
tiras estão em toda parte. O jornalista,
como o garimpeiro, busca o ouro e evita a
pirita, pois parecemas não é. O conteúdo
do impressoviradocumentoaoserescrito
pelo competente historiador do cotidia-
no. Além do garimpo da verdade, há o
perspectivismo, esta saudável arte de aco-
lher interpretações, com proporcionali-
dade e o sagradoprincípiodedivergência
– tônus rijo do caráter do jornalismo de
A TARDE. Dar voz a todos os segmentos,
reservando ao editorial o seu posiciona-
mento, é a salvaguarda diária da de-
mocracia, pois um jornal sério e respon-
sável é o vigia dos poderes constituídos.
Napoleão expressou o medo dos dés-
potas: “Tenho mais medo de três jornais
que cem baionetas”. A verdade dá à luz a
notícia, ao brilhar de cada aurora, quan-
do o Grupo A TARDE, comandado por seu
impresso, volta a florescer sua credibi-
lidade centenária.
N
estes momentos difíceis e aflitivos
somos, boa parte de nós, levados a
pedir, desesperadamente, a ajuda
de Deus. Claro que não pretendemos nos
dirigir às pessoas que no seu livre-arbítrio
não acreditam Nele, como os agnósticos,
ateus, ateístas, os que professam as ideo-
logias materialistas de ontem e de hoje.
Pretendemos nos dirigir aos crentes,
aos monoteístas, (os primos), como ju-
deus, cristãos e islamitas.
As coisas que vêm acontecendo nomundo
atual revelam progressivo distanciamento
dos ensinamentos dos Livros Sagrados des-
tes grupos religiosos, a Bíblia (Velho e Novo
Testamento) e o Alcorão.
Os judeus não tanto pela crucificação de
Jesus, o Filho Unigênito, já definitivamente
perdoada, mas pela obstinada luta pela Pá-
tria histórica, à custa de guerra interminável
com palestinos e países vizinhos. Os isla-
mitas por seu rigoroso sistema penal re-
ligioso, excludente de mulheres e minorias,
ainda quando amparados em princípios de
caridade e misericórdia.
Cristãos em geral, católicos e protes-
tantes, a braços com constantes denún-
cias de pedofilia, estupro, corrupção e ou-
tros desvios, praticados por fiéis e sa-
cerdotes, além da sede argentária de al-
gumas seitas usando o Santo Nome, fa-
zendo ao povo, à custa de dinheiro, en-
ganosas promessas de milagres e mais
milagres que lhes permita sair da indi-
gência financeira e da extrema pobreza,
alcançando, iludidos, o progresso social
honesto.
Momentos terríveis são, para alguns,
sinais evidentes do inconformismo ce-
lestial, da cólera do Pai, como se vê em
Êxodos, 32, 7-14: “Vejo que este é um povo
de cabeça dura. Deixa que minha cólera
se inflame contra eles e que eu os ex-
termine. Mas de ti farei uma grande na-
ção”.
O tempo é de sincero arrependimento
para Lhe pedirmos perdão e implorar a di-
vina Misericórdia, pois só Ele pode sal-
var-nos deste monumental abismo, como
diz Isaías: “Eu criarei novos céus e nova terra,
coisas passadas serão esquecidas, não vol-
tarão mais à memória” (Is 65, 17-21).
Afastemo-nos do mau caminho, sobre-
tudo os líderes espirituais, e sigamos os
ensinamentos de Jesus Cristo e dos Pro-
fetas, libertando-nos da hipocrisia e das
ideologias que agridem as Sagradas Es-
crituras, martirizam devotos e negam a
existência de Deus como se Ele não pu-
desse fazer presente o seu Poder, que é
superior a tudo e a todos, única força
capaz de combater e destruir estes vírus
ou quaisquer outros instrumentos pode-
rosos de infelicitação dos seus Filhos.
Elevemos nossas preces e confiemos
em que o Misericordioso estará a nos
perdoar e amparar, iluminando o cami-
nho dos governantes, trazendo-nos a es-
perança de que tudo vai passar. No nosso
caso do Brasil, com a proteção constante
do Senhor do Bonfim e de Santa Dulce
dos Pobres.
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