Jornal A TARDE || Edição Digital - page 16

SALVADOR
QUARTA-FEIRA
1/4/2020
B8
CADERNO 2
Honestidade e obstinação
AS MULHERES nascidas neste dia são otimistas,
honestas,disciplinadas,atenciosasetrabalhadoras.Emborapossamsermestresemsuaarte,raramente
se vangloriam de seus talentos. Você parece desconhecer sua idade cronológica. Enquanto criança, seu
maduro senso de responsabilidade demonstrou para pais e professores que eles podiam contar com
você. OS HOMENS nascidos neste dia interessam-se por dominar cada aspecto do que fazem, pois pedir
ajuda lhes causa constrangimento. O importante para eles não é ser o centro das atenções, mas estar no
centro dos acontecimentos. Lutam para atingir sucesso e o reconhecimento de seus projetos.
ASTROLOGIA
CLÁUDIA HOLLANDER
ÁRIES
21/3a20/4
Dia: bom. Trabalho: converse so-
mente com pessoas competentes e
ousadas que possam ajudá-lo.
Amor: você poderá se magoar com um amigo.
Saúde: regular.
Cor:
vermelha.
[ATARIES]
TOURO
21/4a20/5
Dia: bom. Trabalho: renove a con-
fiança em si e afaste-se de pessoas
invejosas e intrigantes. Amor: va-
lorize mais a pessoa amada. Saúde: alimente-se
com moderação.
Cor:
azul.
[ATTOURO]
GÊMEOS
21/5a20/6
Dia: variável. Trabalho: mostre-se
mais responsável e defenda seus
pontos de vista com sabedoria.
Amor: evite brigas. Saúde: cuidado com a gar-
ganta.
Cor:
branca.
[ATGEMEOS]
CÂNCER
21/6a21/7
Dia: bom. Trabalho: cumpra com-
promissos e lute com dedicação.
Amor: divida com a pessoa amada
suas ideias. Saúde: cuide seu coração e vigie o
colesterol.
Cor:
cinza.
[ATCANCER]
LEÃO
22/7a22/8
Dia: variável. Trabalho: tenha muita
cautela com dinheiro e não arrisque
o que tem e nem conte com o que
tem para receber. Amor: saia da rotina. Saúde: o
resfriado deve ser tratado.
Cor:
rosa.
[ATLEAO]
VIRGEM
23/8a22/9
Dia: difícil. Trabalho: fase instável
para o setor financeiro e para os
relacionamentos. Amor: fique longe
de confusão e fofocas. Saúde: faça refeições
equilibradas.
Cor:
lilás.
[ATVIRGEM]
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LIBRA
23/9a22/10
Dia: bom. Trabalho: bom dia para
manter contato com pessoas que
tenham boas ideias e possam in-
fluenciá-lo. Amor: carinho e atenção em família.
Saúde: cuide da pele.
Cor:
amarela.
[ATLIBRA]
ESCORPIÃO
23/10a21/11
Dia: bom. Trabalho: favorável para
quem exerce atividade à domicílio,
como venda de produtos de beleza
ou vestuário. Amor: declaração de amor ines-
perada. Saúde: boa.
Cor:
verde.
[ATESCORP]
SAGITÁRIO
22/11a21/12
Dia: bom. Trabalho: bom para quem
trabalha com artesanato ou ativi-
dade que precise de criatividade.
Amor: resolva desentendimentos. Saúde: cuide
da alimentação e corpo.
Cor:
branca.
[ATSAGI]
CAPRICÓRNIO
22/12a20/1
Dia: razoável. Trabalho: um pro-
blema ou assunto do passado po-
derá ser resolvido. Amor: seja dis-
creta e não revele sobre sua vida. Saúde: cuide
das pernas e pés.
Cor:
branca.
[ATCAPRI]
AQUÁRIO
21/1a19/2
Dia: razoável. Trabalho: mantenha a
calma e não faça várias atividades ao
mesmo tempo. Amor: não seja or-
gulhoso, não cobre. Saúde: controle seus im-
pulsos.
Cor:
azul.
[ATAQUA]
PEIXES
20/2a20/3
Dia: variável. Trabalho: antes de
fechar qualquer tipo de negócio,
examine as vantagens. Amor: não
aceite provocações. Saúde: frutas e verduras em
suas refeições.
Cor:
laranja.
[ATPEIXES]
SUDOKU
ROBERTO S. FERREIRA
palavrascruzadas.com.br
CRUZADAS
FÁCIL
SOLUÇÕES
PARA JOGAR
Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Cada jogo
dura de 10 a 40 minutos, dependendo do nível de dificuldade e
da experiência do jogador. O objetivo do jogo é completar todos
os quadrados, utilizando números de 1 a 9. Para completá-los,
siga a regra: Não pode haver números repetidos nas linhas
horizontais e verticais, assim como nos quadrados grandes.
LITERATURA
Em tempos de quarentena, cresce a procura por livros sobre a vida em meio
às epidemias. Três clássicos de diferentes épocas estão entre os mais recomendados
Camus, Saramago, Boccaccio e o
Alexandre Ermel /Divulgação
Filme Ensaio sobre a
Cegueira (2008), de
Fernando Meirelles,
baseado no livro de
José Saramago
Divulgação
A Peste (1992), de Luis Puenzo, a partir do livro de Albert Camus
RAUL MOREIRA
Especial para A TARDE
“Com a retirada súbita da epi-
demia, os habitantes não se
regozijavam muito. Embora
houvessem gastado meses no
desejo da libertação, eram
agora prudentes, tinham-se
habituado a não contar com o
fim próximo do flagelo. Entre-
tanto aquele fato novo andava
em todas as bocas, e no fundo
dos corações agitava-se uma
esperança inconfessada. Ores-
to ficava emsegundoplano. As
vítimas novas da peste bem
pouco significavam junto ao
fato exorbitante: a baixa das
estatísticas”.
Otextoacima, comtradução
de Graciliano Ramos, além de
auspicioso diante da nossa trá-
gica e apocalíptica realidade,
faz parte da abertura de um
dos capítulos finais de
A Peste
(1947), de Albert Camus
(1913-1960), romance que se
tornou best-seller por conta da
pandemia causada pelo novo
coronavírus.
O escritor franco-argelino,
que foi agraciado com o Prê-
mio Nobel de Literatura em
1957, ficcionou sobre umsurto
depestebubônicanacidadede
Oran, nonortedaArgélia, para
metaforicamente abordar os
desdobramentos da ocupação
nazista em Paris entre os anos
de1940e1944, onde fezparte
da resistência.
A Peste
, que marca a tran-
sição entre o conceito de ab-
surdo, caro ao autor, como se
percebe em
O Estrangeiro
(1942) e
O Mito de Sísifo
(1942), e a revolta, sobre a
qual especula em
O Homem
Revoltado
(1951), é um ro-
mance que diz respeito à rea-
ção, ao
modus operandi
do ho-
mem quando acuado.
Daí o seu sentido de atua-
lidade, pois, a partir do micro
de Oran, muitos vão se nutrir
de elementos para compreen-
der ou pelo menos se apro-
ximar do macro da atual tra-
gédia mundial da qual faze-
mos parte.
Além de confirmar o talento
do Camus romancista, que se
notabilizou pela sua habilida-
de em desenvolver e mesclar
os elementos de sua narrativa
com as sombras de sua época,
A Peste
atestou, também, o
quãoera filósofo:ao investigar
a natureza humana e suas con-
tradições, ele construiu uma
espécie de tratado atemporal
que funciona como uma ra-
diografia de quem somos e de
que forma agimos diante das
adversidades, nas nossas ma-
zelas e virtudes.
A volta de
A Peste
, 73 anos
depois de sua primeira edi-
ção, gera curiosidade, tam-
bém, no que se refere à forma
com a qual vem sendo ab-
sorvida.
Numa época em que a li-
teratura foi sufocada pelos
140 caracteres, muitos se in-
terrogama respeito de como o
texto de Camus vai impactar a
gente.
Sim, a dúvida é saber se a
sua narração onisciente, que
segue uma lentidão esmiuça-
dora permeada pelo agir de
três, quatro personagens prin-
cipais, dos quais destaca-se o
médico Bernard Rieux, vai to-
car os leitores destes tempos,
cada vez mais distantes de tu-
doaquiloqueexige certoapro-
fundamento.
Se
APeste
é umlivroque nos
tiradazonadeconforto,
Ensaio
sobre a Cegueira
(1995), do
português José Saramago
(1922-2010), Prêmio Nobel
de Literatura em1998, é ainda
mais cortante.
Ao descrever um surto de
cegueira branca que inicial-
mente acomete um homem e,
aos poucos, um grupo de pes-
soas, que passam a ser iso-
ladas para evitar o contágio, o
escritor, em um exercício do-
loroso, como ele mesmo re-
conheceu, afirma a podridão
da humanidade.
Cegueira e Decamerão
Com uma escrita e um ritmo
diferente da prosa de Albert
Camus, pois, ao contrário do
colega franco-argelino, seus
parágrafos são longos e anár-
quicos no que se refere ao uso
da pontuação, por exemplo,
como já fizera no aclamado
O
Evangelho Segundo Jesus Cris-
to
(1991), em
Ensaio sobre a
Cegueira
, Saramago pode le-
var o leitor planetário em qua-
rentena ao desespero, pois,
praticamente não faz conces-
sões: diante dos blocos mo-
nolíticos erguidos em cada pá-
gina, é bem provável que ele
incorpore a cegueira branca
que lembra ummar de leite e,
quem sabe, ative outros sen-
tidos: aleluia!
Nestes dias de pânico e in-
certezas, a imersão em Sara-
mago pode representar não
apenas o ocupar do tempo
ocioso, mas, também, a chan-
ce de descobrir que talvez não
haja cegos, e sim cegueiras.
Em tempos de coronavírus,
aliás, uma frase de Saramago,
no seu
O Conto da Ilha Des-
conhecida
(1997), dizde forma
sábia: “Énecessáriosair da ilha
para ver a ilha. Não nos vemos
se não saímos de nós mes-
mos”.
Há, também, ainda que
com outros ingredientes, um
livro importante que nos re-
mete a uma epidemia, quan-
do a peste bubônica fez mais
uma aparição na Europa, des-
ta vez no século 14:
O De-
camerão
, uma coleção de cem
novelas escritas entre 1348 e
1533 na qual o seu autor, o
fiorentino Giovanni Boccaccio
(1313-1375), conhecido co-
mo o primeiro grande realista
da literatura universal, forne-
ce informações preciosas de
comoapopulaçãoenfrentoua
mortepestilenta, numa época
em que a fé era o único re-
médio.
Vale ressaltar que
A Peste
,
Ensaio sobre a Cegueira
e
O
Decamerão
tornaram-se fil-
mes, dirigidos respectivamen-
te por Luis Puenzo, Fernando
Meirelles e Pier Paolo Pasolini.
No entanto, apesar da qua-
lidade das adaptações, dispo-
níveis nas plataformas online,
não se comparam ao que está
impresso no papiro ou refle-
tido na luz branca da tela que
quase cega.
O resto é o silêncio de casa.
CORONAVÍRUS
Divulgação
O Decamerão (1971), de Pier Paolo Pasolini, do livro de Boccaccio
1...,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15 17,18,19,20,21,22,23,24
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