Sob as bênçãos do arcebispo de Sal-
vador e primaz do Brasil, Dom Murilo
Krieger, e a presença de autoridades
políticas do Brasil e de todo o mundo,
o XI Congresso Internacional das San-
tas Casas de Misericórdia, que trouxe o
tema “Imagem, Gestão e Sustentabili-
dade: os elos entre o passado e o futu-
ro das Misericórdias”, foi aberto na últi-
ma quarta-feira (23). Durante três dias,
no Hotel Pestana, no Rio Vermelho, os
cerca de 800 congressistas debateram
assuntos importantes para o segmen-
to. O evento internacional aconteceu
em paralelo com o 25º Congresso Na-
cional das Santas Casas e Hospitais Fi-
lantrópicos.
Estiveram presentes o presiden-
te da Confederação Internacional das
Misericórdias (CIM), o deputado fe-
deral Antonio Brito, o presidente da
União das Misericórdias Portuguesas,
Manuel de Lemos; o secretário de Es-
tado da Solidariedade e da Segurança
Social de Portugal, Agostinho Branqui-
Toda organização - seja ela um banco, um
veículo de comunicação, uma indústria -
que queira se sustentar, cumprir sua mis-
são e crescer jamais pode prescindir da boa
saúde financeira. Isto não é e nem poderia
ser diferente com os hospitais filantrópicos,
mantidos pelas Santas Casas. Mesmo não
havendo lucro na atividade filantrópica,
não é difícil compreender que sem dinhei-
ro não se paga tratamentos, nem profissio-
nais que prestam assistência, fornecedores,
tampouco se reinveste de forma estratégica
no próprio negócio.
Somente com resultados financeiros
positivos faz-se possível atender mais pa-
cientes com resolutividade e amelhor quali-
nho, representando o primeiro-minis-
tro português Passos Coelho; o prefei-
to de Salvador, ACM Neto; presidente
da Confederação das Santas Casas de
Misericórdia, Hospitais e Entidades Fi-
lantrópicas (CMB), Edson Rogatti; o se-
cretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-
-Boas, representando o governador da
Bahia Rui Costa; o secretário da Saúde
de Salvador, José Antonio Rodrigues Al-
ves; o presidente da Frente Municipal
das Santas Casas de Salvador, Edval-
do Brito; a deputada estadual Fabíola
Mansur, entre outras autoridades.
Durante a abertura, a representan-
te do Ministério da Saúde anunciou a
liberação de R$ 370 milhões em emen-
das parlamentares para a Saúde, valor
que estará disponível na primeira se-
mana de outubro. “Trago este anúncio
importante em nome do ministro e re-
forço que valorizando as Santas Casas
do Brasil estamos valorizando o SUS”,
disse. Temas como Gestão Hospitalar,
Gerenciamento de Crise, Saúde Suple-
dade e segurança possíveis. Importante res-
saltarmos isto, principalmente no momen-
to de crise quase que generalizada, que tem
levado ao fechamento de instituições filan-
trópicas com elevada frequência no país.
A Santa Casa da Bahia, instituiçãoman-
tenedora doHospital Santa Izabel, vembus-
cando soluções, explicitando alternativas
gerenciais e garantindo que todo e qual-
quer recurso seja efetivamente muito bem
gasto para tentar contornar as dificuldades
financeiras e produzir um resultado melhor
em benefício da população.
Sabemos que este tempo de deterio-
ração do cenário macroeconômico exige
doses extras de dedicação, comprometi-
XI CONGRESSO
INTERNACIONAL
DAS MISERICÓRDIAS
O
25 CONGRESSO
NACIONAL DAS SANTAS CASAS
E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS
S
ANTA
S
E S P E C I A L
CASAS
6
SALVADOR,BAHIA,
domingo
,27/09/2015
Autoridades participaram do XI Congresso
Mundial das Santas Casas de Misericórdia
mento e disciplina. Portanto, ganha ainda
maior relevo o atual processo de implanta-
ção de um profundo programa de planeja-
mento estratégico, que vem sendo desen-
volvido com o apoio e a expertise da Fun-
dação Dom Cabral, além da consolidação
de uma gestão orientada para que funcio-
nários e voluntários sigam uma mesma ba-
se filosófica.
A trajetória da Santa Casa da Bahia,
entremeada por momentos de adversida-
des, superação e lutas, demonstra-nos que
a transparência, a dedicação, o empreen-
dedorismo e a disciplina são pilares funda-
mentais para concretizarmos nossa missão,
originalmente concebida, de servir ao próxi-
mentar e Impacto da “Judicialização”, Par-
cerias Públicas, o Envelhecimento da Popu-
lação e os principais desafios do setor da
Saúde nortearam as discussões.
A importância das relações Portugal-
-Brasil no intercâmbio dos conhecimentos,
um dos principais motes do encontro, foi
destacada pelo presidente da Confedera-
ção Internacional das Misericórdias (CIM),
o deputado federal Antonio Brito, que pas-
sou três anos na presidência da CIM. Em
sua fala, Brito reforçou a importância da
ajuda do governo na resolução dos proble-
mas financeiros que envolvem as mais de
duas mil Santas Casas do Brasil.
O secretário de Estado da Solidarie-
dade e da Segurança Social de Portugal,
Agostinho Branquinho, reafirmou a parce-
ria entre os dois países. Segundo ele, Por-
tugal reconhece a importância do trabalho
das Santas Casas para a saúde pública do
país, por isso tem feito um trabalho parcei-
ro para fortalecer ainda mais o segmen-
to. “No Brasil, as ações são mais fortes na
Saúde. Em Portugal, ofertamos Saúde, mas
mo com plena consciência cidadã e responsa-
bilidade social. O comprometimento e a tena-
cidade sempre foram e continuam sendo dois
importantes diferenciais da longeva sobrevivên-
cia desta casa.
Para todos nós, voluntários e colaborado-
res que integramos a equipe da Santa Casa da
Bahia, primeira do Estado e terceira fundada no
Brasil, foi motivo de grande orgulho termos sido
citados durante o evento como exemplo de ges-
tão e qualidade a ser seguido, mas não o sufi-
ciente para aplacar a enorme tristeza de vermos
a contínua decadência de Santas Casas, algu-
mas delas com imensos serviços prestados em
prol do itemmais importante para a família bra-
sileira: a saúde.
também temos um trabalho social in-
tenso através da nossa Rede Solidária.
O governo investe na filantropia, cria
pacotes, tem verbas específicas. Enten-
demos que as Santas Casas são nossas
maiores aliadas, por isso, no momento
de crise que passamos, elas foram cru-
ciais para nós”, pontuou.
Animado com a troca de experi-
ências, o presidente da União das Mi-
sericórdias Portuguesas (UMP), Ma-
nuel de Lemos, ressaltou a importân-
cia das Santas Casas e Filantrópicos pa-
ra a Saúde no Brasil. “Temos muito a
aprender com vocês, mas também te-
mos muito a ensinar. Com certeza, se o
governo brasileiro nos permitir, nós po-
deremos ajudar muito o Brasil. As San-
tas Casas não precisam de esmolas.
Há, sim, uma necessidade de ações go-
vernamentais rápidas e o repasse subs-
tancial e correção urgente na tabela do
SUS”, destacou, lembrando que o Brasil
é o país que mais tem Santas Casas no
mundo, seguido de Itália e Portugal.
ARTIGO
Roberto Sá Menezes
Provedor da Santa Casa da Bahia
Agostinho Branquinho,
secretário de Estado da Solidarie-
dade e da Segurança Social de
Portugal
“No Brasil, as
ações sãomais
fortes na Saúde.
EmPortugal
,
ofertamos Saúde,
mas também
temos um
trabalho social
intenso através
da nossa Rede
Solidária”
Momento de muita emoção e fé marcou o segundo dia do Congresso das Santas Casas em
Salvador: a concelebração eucarística presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil,
Dom Murilo Krieger. A missa, às 18 horas, reuniu os congressistas na Igreja Nossa Senhora das
Vitórias, na Pupileira, que integra a Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Além disso, a ima-
gem da Beata Irmã Dulce ocupou local de destaque durante o Congresso das Santas Casas.
O XI Congresso Internacional, que trouxe o tema
“Imagem, Gestão e Sustentabilidade: os elos entre
o passado e o futuro das Misericórdias”, reuniu mais
de 600 participantes para discutir a situação das
Santas Casas.
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