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Desenvolvimento territorial: a experiência do Território do Sisal na Bahia
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Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 3, p.567-585, jul./set. 2013
de destaque na Bahia entre 1938-1969, estimulada
pelo governo Landulpho Alves e pelas condições fa-
voráveis do mercado. Assim, o sisal foi dilatando as
suas fronteiras e invadindo todo o nordeste baiano.
A partir de 1975, a cultura do sisal entra em
crise, tendo sua produção reduzida, até 1997, em
quase 60% (CARTA DA CPE, 1989). Esse declínio
aconteceu em função da entrada no mercado de
substitutos sintéticos (polipropileno), da concor-
rência de produtos (de sisal) africanos, do
boom
exagerado da oferta em relação à demanda e do
encerramento das fábricas europeias que usavam
fibras de sisal como matérias-primas (ALMEIDA,
2006). A decadência da cultura do sisal revelou
não somente novos problemas econômicos, como,
do mesmo modo, novos problemas sociais. Apesar
de grande demandante de mão de obra, a expan-
são da produção do sisal foi marcada pela perma-
nência da propriedade desigual e da distribuição
assimétrica dos benefícios (SILVA, 2012, p. 135).
Figura 1
Delimitação do Território do Sisal
Fonte: Elaboração própria a partir da PINTEC/IBGE.