Página 195 - A&D_v23_n3_2011

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Lucas Bispo de Oliveira Santos, Ramom Pereira da SilvaMachado
Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 3, p.671-681, jul./set. 2013
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segunda questão foi:
cada um faz uma peça ou
todos fazem tudo?
53,24% disseram fazer tudo;
33,76% fazem uma peça, e 12,98% preferiram não
responder. A seguinte questão foi:
quem partici-
pa do processo de confec-
ção?
9,85% declararam ser
apenas os amigos; 39,43%,
apenas a família; 9,85%, os
amigos e a família; 5,63%,
outros, e 35,21%, funcioná-
rios. Na quarta questão foi
perguntado:
quantas pes-
soas participam do proces-
so de confecção?
: 49,15% responderam dez ou
mais; 16,94% responderam de seis a sete pesso-
as; 13,55% responderam de oito a nove pessoas;
8,47%, de quatro a cinco pessoas, e 11,86%, de
uma a três pessoas. A quinta questão foi:
traba-
lham quantas horas por dia?
2,81% informaram
trabalhar de uma a quatro horas por dia; 28,16%,
de quatro a oito horas por dia; 53,52%, de oito a
12 horas por dia; 12,67%, de 12 a 16 horas por dia,
e 2,81%, 16 ou mais horas por dia. Foi questiona-
do também se trabalhavam aos fins de semana:
61,90% disseram que sim e 38,10% que não. Foi
levantada ainda a maneira é realizada a compra
da matéria-prima: 78,88% responderam que pelo
contato físico; 7,77% informaram ser pelo telefone,
e 2,22% responderam que é feita por
e-mail
. So-
bre os locais de origem do produto, foi informada a
própria cidade de Santa Cruz do Capibaribe, além
de Caruaru, São Paulo, Toritama, Santa Catarina
e até mesmo China. Perguntou-se também qual
o período de compras: 55,17% responderam ser
o ano todo; 15,51%, de 15 em 15 dias, e 29,31%,
mensalmente. Sobre se a compra da matéria-pri-
ma é feita de forma individual ou coletiva: 79,26%
responderam que é feita de forma individual, e
20,74%, de forma coletiva. Foi questionado ain-
da a quem pertencia o equipamento de costura
e quem decidia o
design
das roupas: Quanto ao
equipamento, 50,81% informaram ser dos donos
da confecção; 9,83%,s dos fabricantes; 18,03%,
terceirizados, e 21,31%, próprios. Quanto ao
de-
sign
das roupas, 21,25% responderam que a de-
cisão é das costureiras; 37,5%, dos comerciantes;
31,25%, dos estilistas, e 10%, dos compradores.
Na parte C
– processo
de venda, a primeira ques-
tão foi:
como é feita a opção
do produto que será vendi-
do?
46,93% declararam que
pelo consumo; 14,28%, pela
escolha do produtor; 8,16%
pela facilidade de produção;
4,08%, pela preferência fa-
miliar; 5,10%, por estação do ano, e 21,42% não
souberam informar. A segunda questão foi:
de que
forma são vendidos os produtos?
77,55% disseram
ser via feira livre; 9,18%, via telefone e feira; 2,04%,
via internet e feira; 6,12%, de todas as formas, e
5,10% não souberam informar. Quanto às vendas
de varejo ou atacado, buscou-se saber para quem e
para onde os produtos são destinados. De maneira
geral, a maior parte da venda a varejo é vendida
para outros estados do Nordeste (83,83%), já quan-
to a venda a atacado, a maior parte dos produtos é
repassada para lojistas e outros feirantes nordes-
tinos (51,01%). Em relação ao local para onde são
destinadas as peças, tanto no varejo quanto no ata-
cado a maioria (83,83%) é vendida para pessoas de
outros estados do Nordeste.
Nota-se, pelos questionários, que o perfil pre-
dominante das pessoas que trabalham nessa fei-
ra é de pessoas jovens e/ou adultas, com apenas
ensino médio completo e/ou incompleto e que não
têm uma alta lucratividade com esse trabalho. Ge-
ralmente trabalham em casa, fazendo toda a etapa
da cadeia produtiva com uma média de oito a 12
horas por dia nas semanas e fins de semana. A
compra da matéria-prima ocorre pelo contato físi-
co anualmente e de forma individual. O processo
de venda, em sua maioria, acontece via feira para
pessoas de outros estados, e as peças são confec-
cionadas a partir da observação das peças mais
consumidas.
O perfil predominante das
pessoas que trabalham nessa
feira é de pessoas jovens e/
ou adultas, com apenas ensino
médio completo e/ou incompleto
e que não têm uma alta
lucratividade com esse trabalho