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As regiões de crescimento no Nordeste: o caso de Santa Cruz do Capibaribe
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Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 3, p.671-681, jul./set. 2013
número chega a 100 mil. Ainda segundo esta admi-
nistração, a estimativa é de que, por semana, sejam
movimentados cerca de R$ 15 milhões no local.
Esses números revelam como esse complexo
de feiras mostra-se importante para o município e
como estas também se mostram como possibilida-
de de dinamismo econômico em meio às adversi-
dades climáticas e sociais que a Região Nordeste
possui.
Ainda sobre a questão da importância das feiras
para os municípios, Coutinho e outros
contribuem
nessas reflexões:
Quanto o menor o município, mais importante
a feira para seu desenvolvimento local, pois
garante a comercialização da produção fami-
liar, da pequena agroindústria e de produtos
artesanais. A feira também favorece outros
setores da economia, através da circulação
de capital pelos feirantes que, após a co-
mercialização de seus produtos, costumam
comprar à vista em vários estabelecimentos
do município, tais como supermercados, lojas
de roupas, sapatos, produtos agrícolas, far-
mácias, casas de material de construção etc (
COUTINHO et al, 2006 ).
Assim, percebe-se que o cenário das feiras
dentro desse contexto das regiões de crescimento
no Nordeste apresenta diversas possibilidades de
análise, podendo ser avaliados tanto seus aspectos
econômicos como sociais e culturais.
Para mensurar as dinâmicas econômicas da fei-
ra de Santa Cruz do Capibaribe no Moda Center,
foram aplicados 100 questionários que enfocam
três pontos: perfil dos entrevistados, processo de
produção e processo de venda.
De acordo com o universo amostral dos 100
questionários aplicados no dia 12 de junho de 2012,
às seguintes perguntas foram dadas as devidas res-
postas que serão apresentadas na forma de dados
matemáticos (porcentagem e média aritmética).
Na parte A
– perfil dos entrevistados, a pri-
meira questão foi:
qual sua idade?
11,82% tinham
entre 15 e 19 anos; 16,12% tinham entre 20 e 25
anos; 22,58% tinham de 26 a 30 anos; 18,27%, de
31 a 35 anos; 13,97%, de 36 a 40anos; 9,67%, de
41 a 45 anos, e 7,92%, 46 anos ou mais. A segun-
da questão quis saber:
qual sua cidade de origem?
23,65% se declararam natural de Santa Cruz do
Capibaribe; 11,28%, natural de Toritama; os outros
65,07% citaram diferentes cidades como respos-
ta, dentre elas: Juazeiro do Norte (CE), Vertentes
(PE), São Bento (PB), Limoeiro (PE), Mossoró
(RN), Cupirá, Caraúbas (PB), Maceió, Brejo do
Amado de Deus, Ribeirão do Norte, Tafuaritinga,
Paceira, (AL), dentre outras. Na terceira questão
se perguntou:
já morou em outra cidade? Se sim,
qual?
60,93% informaram nunca ter morado em
outra cidade; 39,07% declararam ter morado em
outras cidades, dentre elas: Recife, Lajedo, Caru-
aru, São Paulo, Salvador, entre outras. Na quarta
questão buscou-se saber o grau de escolarida-
de: 45,26% informaram ensino médio completo;
13,68%, ensino fundamental completo; 4,21% en-
sino superior incompleto; 15,78%, ensino funda-
mental incompleto; 20% ensino médio incomple-
to, e 1,05%, ensino superior completo. Na quinta
questão perguntou-se o estado civil: 40% disse-
ram ser solteiras; 55,78%, casadas; 3,15%, viúvas,
e 1,05% informou outra situação. Na sexta questão
procurou-se saber qual a profissão anterior e se a
família já trabalhava com confecção antes: 32.35%
declararam que nunca tinham trabalhado antes;
38,23% disseram já ter trabalhado com vendas;
29,42% declararam ter trabalhado em outras pro-
fissões como: padeiro, serviços gerais, cozinhei-
ro, gerente, agricultor. Na última questão da parte
perfil dos entrevistados, procurou-se saber qual a
renda familiar: 17,5% informaram receber um sa-
lário mínimo; 51,25% declararam receber de um
a três salários mínimos; 17,5% disseram receber
de três a cinco salários mínimos; 2,5% declararam
receber de cinco a dez salários mínimos, e 8,75%.
Na parte B
– processo de produção, a pri-
meira questão foi:
onde é produzida a confec-
ção?
47,12% declararam ser produzida em casa;
9,19%, no armazém coletivo, e 43,67%, outros. A