Página 163 - A&D_v23_n3_2011

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Aléssio Tony Cavalcanti de Almeida, Paulo Fernando de Moura Bezerra Cavalcanti Filho
Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 3, p.633-652, jul./set. 2013
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geral, mostra o peso do desvio-padrão em re-
lação à média, ampliou entre 2000 e 2008 em
99%. Contudo, o grande motivador para a maior
concentração dos resultados dos recursos em
inovação foi o elevado escore de eficiência obti-
do pelo Pará, em mais de 600% no ano de 2008,
o que elevou significativamente a variabilidade
do desempenho. No comparativo de 2000 e
2005, os resultados de eficiência ficaram mais
voláteis, contudo essa variabilidade não foi tão
intensa ao se levar em conta o último período.
Vale destacar que os outros estados do Centro-
-Oeste (OCO) foi a DMU que mais persistentemente
ficou acima da média no período, com exceção do
ano de 2008. Por sua vez, os estados de Minas
Gerais e São Paulo, ambos da Região Sudeste, em
nenhum dos interregnos de tempo ficaram acima da
média. Na tentativa de ilustrar essa dinâmica, o Grá-
fico 5 disponibiliza, para os anos de 2000 e 2008, o
escore de eficiência com a respectiva média.
Uma pergunta que pode ser realizada neste
momento, dado o cálculo de eficiência, diz respeito
aos ajustes, em termos de insumos e de resulta-
dos em inovação, que poderiam ser introduzidos
pelas indústrias situadas nas unidades federativas
brasileiras tidas como ineficientes, tendo em vista a
combinação dos
inputs-outputs
por parte das DMU
de referência. Dessa maneira, os gráficos 6 e 7 si-
nalizam algumas tendências para a ampliação da
eficiência no tempo.
Levando-se em consideração os recursos em-
pregados nas atividades de inovação por parte das
indústrias situadas em território nacional, fica evi-
denciada no Gráfico 6 a necessidade de ampliação
das receitas (Y3) auferidas pelas firmas, ao passo
que os outros indicadores de resultado, como de-
pósito de patentes (Y1) e de firmas que abandona-
ram ou não completaram os projetos inovativos (Y2)
nos estados, mostraram-se irrelevantes ao longo de
2000 a 2008 para a ampliação da performance das
DMU no agregado. É como se, com os recursos
hoje disponíveis, a eficiência só fosse atendida com
acréscimos em média de 89,5% a.a. nas receitas.
Esse indicativo é bastante audacioso, uma vez que
as receitas obtidas pelas firmas dependem de uma
Média - Escore de supereciência
Desv. Pad. - Escore de supereciência
Gráfico 4
Evolução da eficiência dos recursos empregados
em inovação no Brasil entre 2000 e 2008
Fonte: Elaboração própria.
Gráfico 5
Eficiência dos recursos empregados em inovação
por estado entre 2000 e 2008
Fonte: Elaboração própria.
Gráfico 6
Sugestões de ajustes nos outputs para ganhos em
eficiência inovativa no Brasil entre 2000 e 2008
Fonte: Elaboração própria.