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Avaliação da oferta de água paraabastecimento urbano no Nordeste, com foco na Bahia
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Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 2, p.335-347, abr./jun. 2013
Municípios classificados no G1: aqueles que utili-
zavam predominantemente mananciais subterrâ-
neos e que apresentavam abastecimento satis-
fatório ou requeriam ampliação de sistema. Para
o estado da Bahia, os municípios com sistema
de abastecimento misto (água superficial e água
subterrânea), mesmo que predominantemente
abastecidos por águas superficiais, também fo-
ram inseridos neste grupo.
Municípios classificados no G3: aqueles que
utilizavam predominantemente mananciais su-
perficiais e que apresentavam abastecimento
satisfatório ou que requeriam ampliação de
sistema foram selecionados a partir desse
primeiro critério de classificação. Feita essa
triagem inicial, foram excluídos do G3 e rea-
locados nos grupos G4 ou G5 os municípios
cujos mananciais apresentavam Grau de Aten-
dimento à Demanda (GAD) maior que 0,8.
Municípios classificados no G4 ou G5: aqueles
que não se encaixassem nas classes G1 a G3
eram analisados considerando-se o potencial
de exploração de água subterrânea para, então,
serem reclassificados nas categorias restantes,
G4 ou G5. Essa análise foi feita com base nos
seguintes dados:
Mapa de Domínios/Subdomínios Hidroge-
ológico do Brasil (SERVIÇO GEOLÓGICO
DO BRASIL, 2007);
Projeto Carta Hidrogeológica do Brasil ao
Milionésimo (SERVIÇO GEOLÓGICO DO
BRASIL, 2010): Folhas SB 24 – Jaguaribe,
SC 23 – Rio São Francisco, SC 24 – Aracaju
e SD 4 – Salvador. Nesse projeto, os aquífe-
ros haviam sido organizados de acordo com
sua produtividade, assim subdividida: pro-
dutividade elevada (poços muito produtivos,
com vazão maior que 50 m
3
/h), produtivida-
de média (poços produtivos, com vazão en-
tre 10 e 50 m
3
/h), produtividade baixa (poços
de produção moderada, com vazão entre 5
e 10 m
3
/h), produtividade muito baixa (poços
de produção muito baixa, com vazão menor
que 5 m
3
/h) e produtividade nula (poços com
vazão menor que 1 m
3
/h). Esses mapas fo-
ram fundamentais para a diferenciação dos
municípios entre as classes G4 e G5. Todos
os municípios na abrangência de aquíferos
com produtividade muito baixa a nula foram
considerados como sem potencial de abas-
tecimento por poços (classe G5).
Projeto Cadastro de Fontes de Abasteci-
mento por Água Subterrânea (SERVIÇO
GEOLÓGICO DO BRASIL, 2005a). O pro-
jeto apresenta o diagnóstico das fontes
subterrâneas para os municípios do semiá-
rido e inclui aspectos quantitativos e quali-
tativos dos poços. Esses dados foram utili-
zados quando permaneciam dúvidas sobre
a existência de potencial para poços com
base apenas nos mapas hidrogeológicos,
situação que se deu em muitos casos de
municípios localizados em áreas de aquí-
feros com produtividade baixa.
Sistema de Informações de Águas Subter-
râneas (Siagas) (SERVIÇO GEOLÓGICO
DO BRASIL, 2005b). Tal sistema consiste
em um cadastro nacional de poços tubula-
res. Foi consultado para dirimir as dúvidas
remanescentes quanto ao potencial para
poços no caso dos municípios não abran-
gidos pelo Projeto Cadastro de Fontes de
Águas Subterrâneas.
Para a análise de balanço entre a demanda e
a disponibilidade hídrica do manancial, foi utiliza-
do um índice denominado Grau de Atendimento
da Demanda (GAD), criado para o estudo do Atlas
Brasil, o qual serve para determinar a relação exis-
tente entre a água disponível no manancial e a de-
manda de água pela população do município em
análise. Assim, se o GAD for menor ou igual a 0,8
(GAD ≤ 0,8), ou seja, se a quantidade de água para
suprir a demanda do município for menor que 80%
da água disponível no manancial, este é conside-
rado satisfatório. Se, ao contrário, o GAD for maior
que 0,8 (GAD > 0,8), o manancial é considerado