Página 156 - A&D_v23_n2_2011

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Determinação da Q
7
,
10
, Q
90
e Q
95
como ferramenta para gestão dos recursos hídricos: estudo de caso do Rio Jamari
430
Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 2, p.425-435, abr./jun. 2013
Distribuição de Gumbel
A distribuição de Gumbel é uma distribuição
de probabilidade. Tal metodologia é a que tem
maior destaque na literatura (ROWINSKI; STRUP-
CZEWSKI; SINGH, 2002; BEIJO, 2002) e apresenta
dois parâmetros, um de escala e outro de forma, os
quais vêm sendo estimados pelo método dos mo-
mentos, especificamente, os momentos de 1ª e 2ª
ordens, que representam, respectivamente, média
(x) e desvio padrão (s) (BEIJO, 2002).
Neste método, assim como no de frequência,
é necessária a ordenação das vazões anuais em
escala crescente; além de inserir as ordens de cada
uma delas, são necessários ainda os cálculos das
demais equações 3 e 4.
(eq.3)
(eq.4)
Para a estimativa de uma variável hidrológica
x
em
função do tempo de retorno, aplicou-se a equação 5.
(eq.5)
Distribuição Log-Normal
A distribuição Log-Normal é outra metodologia
bastante empregada no cálculo da Q
7, 10
e trabalha
com a série do logaritmo das vazões (logQ
7
), des-
crita na equação 6.
(eq.6)
Na distribuição estatística Log-Normal é neces-
sário um fator de frequência
Kt
que possua o valor
normal de
z
, padronizado.
Vazões de permanência Q
90
e Q
95
Alguns dos instrumentos que podem ser utili-
zados para determinar a vazão mínima necessária
para fins de outorga são as vazões de permanência
Q
90%
e Q
95%
, em que os respectivos valores podem
ser fixados por porcentagens para estipular seus
tetos de uso.
Nesta etapa é desejável que a série histórica
seja representativa e que falhas nos registros não
sejam recorrentes.
Os procedimentos de cálculo das vazões foram
descritos abaixo:
O primeiro passo foi calcular o valor da amplitu-
de total de variação das vazões máximas e mínimas
da série histórica pela equação 7.
(eq.7)
Onde:
Qmáx
= vazão máxima
Qmín
= vazão mínima
Posteriormente, calculou-se o número de clas-
ses (NC), segundo a equação 8.
(eq.8)
A amplitude de cada classe foi encontrada pela
equação 9.
(eq.9)
Após estas etapas realizou-se a distribuição das
classes para estipular quantas ocorrências havia
em cada classe, alocando os dados em uma tabela
que enumerou as ocorrências entre os limites supe-
riores e inferiores.
Com o objetivo de produzir uma curva de perma-
nência onde se relacionam a Q (m³/s) e a frequência
acumulada (Fr
ac
), através dos dados de ocorrência
foram calculadas a frequência de ocorrência (Fr)
em cada classe e a frequência acumulada. Após
estas etapas determinaram-se a Q
90%
e a Q
95%
.
Vazão mínima após a barragem e vazão média
Para determinar se a barragem interferiu de
alguma forma na hidrodinâmica do Rio Jamari,
= 1,2826
= x + 0,45 *
=Qtr
LN – LN 1 –
1
Tr
+
logQt = x(log Q7) – .Kt
Amplitude total = Qmáx - Qmín
NC = 1 + 3,3.log (N)
AC = Amplitude total
NC