Guia de Profissões - page 2

e muito valorizados em áreas como a Saúde,
a Administração ou a Engenharia. “Há uma
demanda crescente por profissionais que pos-
suam diferenciais”, conclui.
CRISE E CARREIRA
Pensar no futuro profissional em um contex-
to de crise econômica mundial e, principal-
mente, nacional, é uma tarefa difícil. Entre-
tanto, a crise evidencia, de forma objetiva, o
que o mercado mais valoriza no profissional:
liderança, multifuncionalidade, visão global,
proatividade, qualificação técnica e equilíbrio
emocional.
Patrícia Evangelista, gerente de Educação
Profissional do SENAI-Bahia, afirma que, na
crise, muitos profissionais investem na sua
qualificação como forma de não perderem es-
paço no mercado. Para ela, os cursos técnicos
podem abrir boas oportunidades para o jovem
que pretende entrar no mercado de trabalho.
Os cursos técnicos têm menor duração e po-
dem garantir o primeiro emprego a qualquer
jovem formado por instituições federais, es-
taduais ou da iniciativa privada. Ao começar a
carreira por uma formação técnica, o profis-
sional agrega valor ao seu currículo e possibi-
lita, muitas vezes, a saída para bancar a sua
formação superior.
Áreas como a Automação Comercial, Mecatrô-
nica, Eletrotécnica, Petroquímica, Edificações,
Meio Ambiente, Logística, entre outras, são
um campo aberto de possibilidades.
SAÍDA PELO EMPREENDEDORISMO
Quatro em cada dez brasileiros adultos já
possuem um negócio ou estão envolvidos
QUE CARREIRA PROFISSIONAL SEGUIR?
EIS A QUESTÃO!
E
scolha um trabalho que você ame e não
terá de trabalhar um único dia de sua
vida”. A frase, atribuída ao filósofo chi-
nês Confúcio, soa utópica, mas pode ser
a chave para saber que rumo tomar na hora
de decidir o futuro da sua vida profissional.
Vivemos “tempos líquidos”, afirma o sociólo-
go Zigmunt Balman. A velocidade das trans-
formações é tamanha que o que hoje parece
promissor pode não ser real em um futuro pró-
ximo. Portanto, cada pessoa deve estar atenta
às suas potencialidades, afinal, existem
oportunidades em diversas áreas de atuação,
desde que se tenha qualificação e prática.
Na hora de se definir por uma carreira profis-
sional, é fundamental ter consciência de si,
das suas habilidades e do que o motiva. A par-
tir daí, o próximo passo é conhecer mais sobre
sua área de interesse, investigar quais os me-
lhores cursos, elaborar um planejamento bási-
co de estudos e ter um objetivo. "É de extrema
importância que o estudante identifique sua
área de interesse e construa sua trajetória a
partir das experiências acadêmicas. O olhar
empreendedor com foco em novos projetos é
necessário quando iniciamos nossa carreira",
destaca Sylvia Gonçalves, diretora acadêmica
da Faculdade Dom Pedro II.
Para Cecília Espínola, coordenadora da Cen-
tral de Carreiras da UNIFACS, não há como
destacar carreiras promissoras, mas um perfil
profissional sintonizado com as demandas do
mundo atual. Exige-se do profissional fazer
mais com menos, ser criativo, propor inova-
ções e ser capaz de trabalhar sob pressão.
Conhecimentos sobre gestão e tecnologias
da informação, por exemplo, são transversais
com a criação de uma empresa. Este
é o dado revelado pela mais recente
pesquisa GEM (Global Entrepreneur-
ship Monitor), realizada ano passado e
patrocinada pelo Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE) no Brasil. Em 2015, a taxa
de empreendedorismo no país chegou
a 39,3%, de acordo com dados do es-
tudo. A pesquisa também revela que
56% dos empreendedores que estão
criando ou já abriram uma empresa
identificaram uma oportunidade. Ti-
veram o chamado
insight
.
Mas o que as instituições de Ensino
Superior têm a ver com isto? Tudo. Na
Bahia, as universidades estão seguin-
do o fluxo de outros Estados e buscam
preparar seus alunos para o campo
de trabalho de forma mais completa
e eficiente, com visão ampla de mer-
cado e capacidade de identificar as
oportunidades. Um diferencial.
As empresas Júnior, presentes nas
mais importantes faculdades, permi-
tem aos estudantes interagirem com
o mercado e praticarem a profissão
ainda durante os anos de estudo. A
formação com viés empreendedor
oferece ao estudante a oportunidade
de desenvolver suas habilidades, o que
pode ser um diferencial lá na frente.
O perfil do bom profissional sofreu
alterações. “O mercado tem exigido
um profissional com visão mais ampla.
Um profissional que vá para além do
técnico, que tenha a capacidade de
gerir uma empresa, tendo conheci-
mento, desde o controle financeiro até
a determinação de aplicar uma gestão
moderna, que se reverta em bons
resultados”, disse Sílvio Bello, coorde-
nador do Núcleo de Estágio e Práticas
Empreendedoras da Universidade
Católica de Salvador (UCSAL).
“A experiência empreendedora ainda
na universidade é de fundamental
importância para os profissionais que
colocamos no mercado de trabalho.
Todos os cursos devem aplicar o em-
preendedorismo na sua rotina acadê-
mica”, alerta Bello.
“Na crise, é hora
de investir na
qualificação”
Patrícia Evangelista,
gerente
de Educação Profissional
do SENAI-Bahia
“Para o jovem,
é importante
viver a universi-
dade, trabalhar
em ações vo-
luntárias, ativi-
dades de exten-
são e pesquisa.
Existe uma
seleção no mer-
cado, o profis-
sional precisa
ter diferencial”
Cecília Espínola,
coordenadora da Central
de Carreiras da UNIFACS
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