Página 7 - EspecialConsciênciaNegra

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Novo xodó da torcida do
`itória, o atacante
William
penrique î paulista8
Ele diz que desconhece,
atî agora, práticas de
racismo, tanto nos
gramados como fora deles8
William autodefine;se como
de cor parda
r0 mil rîis
à
acusadora para re;
tirar a den
ú
ncia. Foi uma ten;
tativa frustrada de abafar o caso.
O jogador deixou o campo in
ú
;
meras vezes acompanhado pe;
las inj
ú
rias de cunho racista.
Batalha
O cenário mudou para Leônidas
em 5939. Já no Flamengo, e
consagrado pela Seleç
ã
o wrasi;
leira, passou a gozar de prest
í
gio
e fama como jogador.
O futebol vivia os primeiros
anos deprofissionalismo comjo;
gadores contratados e receben;
do salários em vez de prêmios e
bichos. E o inventor do ×gol de
bicicleta
transformou;se no ga;
roto;propaganda do chocolate
Diamante Negro.
A trajetória inaugurada por
Leônidas, de romper o colar de
preconceito atî provar o doce
sabor do reconhecimento, virou
realidade para atletas negros,
como gelî, que, inclusive, î o
expoente da excelência.
×O futebol î uma das
ú
nicas
áreas em que a cor da pele n
ã
o
influencia na escolha dos me;
lhores deumapartida. Emvárias
outras áreas, o racismo torna;se
elemento para definir candida;
tos que disputam um mesmo
cargo
, diz Lidivaldo writto, pro;
curador de justiça e membro do
Ministîrio g
ú
blico da wahia.
writto comandou a primeira
promotoria especializada em
combate ao racismo e intoler
â
n;
cia religiosa do ga
í
s, sediada em
Salvador e criada em 5997.
Mas se, emcampo, apresença
negra î constante, em outras
áreas do futebol a ausência dela
traduz um vazio representativo.
Contabilizando as funç
õ
es de
tîcnico e dirigente, há uma drás;
tica reduç
ã
o de negros nas po;
siç
õ
es de comando.
×Isso î uma prova de que,
apesar de o negro ser reconhe;
cidamente bom no futebol, o ra;
cismo continua existindo. Ele î
retirado da funç
ã
o de comando
por uma falsa compreens
ã
o de
que n
ã
o î apto para ocupá;la
,
completa Lidivaldo writto.
Dos 20 clubes da Sîrie A do
Campeonato wrasileiro em
2053, apenas dois têm tîcnicos
negros: o wahia, com Cristóv
ã
o
worges, e o Flamengo que pro;
moveu o auxiliar Jayme de Al;
meida. Entrepresidentesdos clu;
bes n
ã
o há negros.
Em entrevista concedida ao
jornal A TARDE, emagosto deste
ano, Cristóv
ã
o atrelou seu su;
cesso na profiss
ã
o
à
luta pela
igualdade racial.
×Minha bandeira como negro
î dar certo no futebol. Sei que
isso possibilita umamudança de
mentalidade, de conceitos e cos;
tumes.
É
um desafio que me es;
timula
, disse na ocasi
ã
o.
Sem rodeios, o tîcnico Jorge
Lu
í
s Andrade da Silva, mais co;
nhecido como Andrade, diz que
racismo î o motivo da sua atual
condiç
ã
o de desempregado (
`er
entrevistaz8
De acordo com Carlos Moore,
doutor em ciências humanas pe;
la Universidade de garis `II, a
ausênciadenegros emcargos de
comando no futebol î um re;
flexo da própria sociedade.
×O negro n
ã
o ocupa cargo de
comando no wrasil. N
ã
o detîm
poder econômicoe nempol
í
tico.
Quando um negro ascende so;
cialmente, seja como presidente
da Corte Suprema do pa
í
s ou no
futebol, ele faz isso individual;
mente. N
ã
o como parte de um
coletivo
, diz.
wadê as raízesA
OantropólogoCarlosMoore res;
salta ainda que, em muitos ca;
sos, aascens
ã
odonegroîacom;
panhada pela apropriaç
ã
o de
smv}zmj yfth}
qyp|j}j zy j}{tipm
Í
dolo do `itória,
Marquinhos conta que já foi
v
í
tima de um caso de
racismo8 A experiência
deixou marcas t
ã
o
profundas que, ainda hoje,
o jogador evita contar
os detalhes do episódio
s
í
mbolos que negam a pró
cultura afro;brasileira.
×gara o jogador negro qu
cende na vida, ter um car
uma mulher branca o colo
em outro patamar de aceita
Nesse caso, atî a mulher br
está inserida no contexto d
cismo, pois ela se transform
mercadoria com simbolism
O jogador Anderson Tali
59 anos, recîm;puxado da
vis
õ
es de base do wahia, pa
seguir o padr
ã
o estabelecid
uma ascens
ã
o social ráp
alheia aos signos de uma i
tidade negra.
Joias, roupas de grife, c
importado ¥ avaliado em t
de R$ 70 mil ¥ e o relaci
mento estável comuma jove
bela mulher loura fazem par
cotidiano do meia, que aut
fine;se negro.
×
É
o crescimento da vida
coisas aconteceramnatural
te. Tinha acabado de ir pa
Seleç
ã
o wrasileira (sub
quando começamos a nam
Na verdade, somos quase
sados. Moramos juntos. A A
gaula Ramos já î minha esp
Ela î branca, mas está fica
preta de tanto tomar sol
,
jogador, aos risos.
Ainda que tenha mudad
padr
ã
o de vida e já ostente
consideráveis, o volante Fei
do wahia, caminha na co
m
ã
o de seus colegas.
Ele n
ã
o abusa dos adorn
segue o relacionamento co
garota que namorava ante
fama. ×Ela î como eu, negr
mais importante î a pessoa
tar da outra, isso î o que co
Mas eu gosto das negonas
OprofessorCarlosMoore
tua a tomada de consciênci
cial como um fenômeno que
derá alterar o modelo vig
entre os relacionamentos a
vos no mundo do futebol.
×N
ã
o quer dizer que as
soas n
ã
o tenham o livre dir
de se relacionar com quem
serem, independentement
cor. Mas a conscientizaç
ã
o
l
í
tica e social e a ascens
ã
classe mîdia negra v
ã
o m
muita coisa
, afirma.
Enquanto isso, o racismo
da î um assunto com statu
tabu para alguns jogadore
paulista William penrique,
ganhou da torcida do `itó
time que defende como ata
te¥ o apelido de gica;gau,
todefine;se pardo.
Ele diz nunca ter presenci
cenas de racismo no futebol
mesmo fora dos campos. ×
ca aconteceu comigo e nem
alguîm que eu conheça. g
atî ser que existao racismo,
nunca vi de perto. gara mi
complicado falar disso
.
Já Marquinhos, cria das
s
õ
esdebasedo`itória, relat
sofrido preconceito racial,
bora n
ã
o revele detalhes.
uma situaç
ã
omuito chata. D
atî entender por que está a
tecendo. N
ã
o consegui re
poje, prefiro nem falar sob
caso
, acrescenta.
O advogado, professor e
vista do movimento negro,
muel `ida diz que î ilus
ã
o a
que ascens
ã
o econômica el
na o racismo.
×O jogador de futebol,
mo bem remunerado e fam
n
ã
o está livre do racismo. Es
uma tragîdia social com
grau de refinamento que su
a mera quest
ã
o econômica
O jogador Feij
ã
o diz ter c
ciência de que o racismo e
no campo e fora dele.
×Quando eu estava na div
de base, tinha os grupinhos
garotos brancos e ricos que
exclu
í
am. Espero que um di
pessoas passem a ter mais
peito com o nosso povo. S
guîm falar mal de preto, eu
aborreço logo
, garante.
wiLABifiU wLtIvIANA fAMie
CENTENÁRIO
DO GØNIO
Este ano foi o
centenário de
Leônidas da
Silva, o
Diamante
Negro
O REI E O
RACISMO
×gelî{ Estrela
negra em campos
verdes
, de
Angelica wasthi,
analisa passos do
Rei do Futebol
A gERFEIÇ
Ã
O
DE GARRINCpA
Trajetória do
craque está
relatada em
×Estrela
Solitária
, de
Ruy Castro
Eduardo Martins/ Ag8 A TARDE
Eduardo Martins / Ag8 A TARDE
Raul Spinassî / Ag8 A TARDE
}jp}zm {mohj}
m ljy{mo{ythm
`olante do tricolor baiano,
Feij
ã
o afirma ter
consciência da ocorrência
de racismo tanto dentro de
campo como fora dele8
Contudo, afirma que
enfrenta o que for preciso
para coibir este tipo de
prática, que î crime