Página 101 - A&D_v23_n2_2011

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Geane Silva de Almeida, Iara Brandão de Oliveira
Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 2, p.369-382, abr./jun. 2013
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Os resultados apresentados nos quadros 3-7
mostram que os parâmetros que sofreram violação
de qualidade foram: pH, STD, OD, DBO, Fósforo to-
tal, coliformes termotolerantes, fenóis totais, Alumínio
solúvel, Ferro solúvel, Manganês total, surfactantes.
Cada um desses parâmetros tem diferente com-
portamento e impacto na qualidade das águas, como
descrito em Brasil (2006). O pH influencia na distri-
buição das formas livre e ionizada de diversos com-
postos químicos, além de contribuir para um maior
ou menor grau de solubilidade das substâncias e
de definir o potencial de toxicidade de vários ele-
mentos. As alterações de pH podem ser de origem
natural (dissolução de rochas, fotossíntese) ou an-
trópicas (despejos domésticos e industriais). O STD
na água pode ocorrer de forma natural (processos
erosivos, organismos e detritos orgânicos) ou antro-
pogênica (lançamento de lixo e esgotos), afetando
a qualidade organoléptica da água.
O OD pode variar devido a processos físicos,
químicos e biológicos que ocorrem nos corpos
d’água. A dissolução de gases na água sofre a
Tabela 2
Cálculo dos fatores e do IQA-CCME
Cálculo dos Fatores
Equação
Descrição
F
1
(alcance)
Representa a porcentagem de parâmetros em não
conformidade com os seus objetivos, em relação
ao número total de variáveis medidas
F
2
(frequência)
Representa a porcentagem de testes individuais
que não atendem aos seus objetivos
F
3
(amplitude)
Representa o valor pelo qual os testes falhos não alcançam os seus objetivos (ou amplitude) e é calculada em três
passos: discrepância; soma normalizada das discrepâncias e a amplitude. A discrepância é calculada tantas vezes
quando uma concentração individual é maior do que o objetivo (ou, menor que, quando o objetivo é um mínimo)
(CCME, 2001b, f.3):
Discrepância
Usa-se quando o valor de teste não deve exceder
o objetivo (mas excedeu)
Discrepância
Usa-se quando o valor do teste não deve ser
inferior ao objetivo (mas foi inferior)
S
nd
A soma normalizada das discrepâncias mede o
impacto dos testes individuais não conformes. É
calculado somando-se as discrepâncias dos testes
individuais divididas pelo número total de testes
F
3
É calculado utilizando-se uma função assintótica
para a soma normalizada das discrepâncias (Nse)
que permite obter uma variação numérica entre 0
e 100 (CCME, 2001b, f.4)
IQA-CCME
Toma-se a soma dos quadrados de cada fator para
o cálculo do quadrado do índice, como se fossem
vetores, corrigindo-se para o fator 3 do radicando.
Com este modelo, as mudanças no índice ocorre-
rão em proporção direta com alterações em todos
os três fatores (CCME, 2001b)
Fonte: The Canadian Council of Ministers of the Environment, 2001b.
NOTAS
0
19 20 36 37 44 45 51 52 64 65 79 80 94 95 100
IQA-CCME
RUIM
MARGINAL
MEDIANA
BOM EXCELENTE
IQA-CETESB
IMPRÓPRIA
REGULAR
BOM
ÓTIMA
Quadro 2
Escalas de qualidade para os índices IQA-CCME e IQA-Cetesb
Fonte: Oliveira et all (2012).