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Inserção internacional, transformações estruturais, (des)concentração espacial:umaanálise para
a economia baiana
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Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 3, p.587-612, jul./set. 2013
Tabela 6
Volume de empregos formais gerados pelas atividades básicas e não-básicas dos maiores municípios
exportadores da Bahia – 2012
Metalúrgicos
561
Demais setores não
básicos
7.887
Máqs., apars. e mat.
elétricos
87
Máqs., apars. e mat.
elétricos
462
Correntina
Total setores básicos
1.246
Papel e celulose
747
Setores básicos
Empregos formais Demais setores não
básicos
9.720
Metais preciosos
104
Soja e derivados
2.941
Itagiba
Móveis e semelhantes
533
Algodão e seus
subprodutos
330
Setores básicos
Empregos formais
Total setores básicos
4.146
Total setores básicos
3.271
Minerais
931
Demais setores não
básicos
112.846
Demais setores não
básicos
1.757
Total setores básicos
931
Demais setores não
básicos
1.464
Fonte: Elaboração própria com bases nos dados de MDIC/Secex – Brasil (2013) e RAIS/Caged – Brasil (2013a, 2013b).
(conclusão)
um para 27 empregos formais, conforme exposto
no Gráfico 2.
De outra parte, até tautologicamente, os muni-
cípios que apresentaram maior contingente de em-
pregos formais nos setores exportadores são tam-
bém aqueles que vão apresentar a menor relação
de impactos para os demais setores não básicos,
de modo que α assume um valor próximo de zero.
Tautológico porque quanto maior o denominador
de um quociente, menor será seu resultado, nes-
se caso expressando a relação de impactos para
os demais setores da economia (k). Os municípios
que apresentaram a menor relação de impacto fo-
ram São Desidério, com a geração de apenas 0,44
posto de trabalho formal nos setores não básicos
para cada geração de um novo posto de trabalho
formal no setor básico; Correntina, que apresentou
a relação de 0,54 nos setores não básicos para
cada um emprego formal no setor básico; e Itagibá
que apresentou a relação de 1,57 para cada um
emprego gerado no setor básico de sua economia.
Segmentando-se as informações em municí-
pios da RMS e os de fora dessa região, pode-se
observar um fato que precisa ser destacado. Até
aqui, em todos os demais indicadores analisa-
dos, havia uma primazia dos municípios do inte-
rior em detrimento dos resultados dos municípios
exportadores da RMS. No entanto, o resultado do
cálculo dos multiplicadores de impacto sobre os
empregos formais municipais revelou que a média
de empregos gerados nos setores não básicos foi
de 13 novos postos na RMS contra cinco nos mu-
nicípios situados fora da RMS.
A interpretação desse resultado tem que ser
feita de forma muito criteriosa para não provocar
contradições com as constatações até então afir-
madas. Em se tratando de economias grandes, em
que o montante de empregos formais é muito maior
em termos absolutos do que nos demais municí-
pios, é óbvio que Salvador, Lauro de Freitas e Can-
deias que estão no cinturão da RMS e que possuem
um grande setor de serviços, sobretudo ligado às
atividades de comércio e de administração pública,
apresentariam resultados destacadamente maio-
res que os demais municípios. Boa parte dos aqui
caracterizados municípios do interior têm um setor
informal muito grande (não computado na RAIS/Ca-
ged) e, por conseguinte, baixo número absoluto de
postos de trabalhos formais no setor de serviços,
diferentemente do que acontece com os grandes
municípios da RMS.
Assim não há contradição alguma entre es-
ses resultados do multiplicador de empregos e o
maior dinamismo econômico registrado para os