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Avaliação da oferta de água paraabastecimento urbano no Nordeste, com foco na Bahia
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Bahia anál. dados, Salvador, v. 23, n. 2, p.335-347, abr./jun. 2013
– Abastecimento Urbano de Água (2009) e Atlas do
Abastecimento de Água – Complementação para o
Brasil (2011). Assim, desde março de 2011, o Brasil
dispõe de um sistema com cadastro, diagnóstico e
planejamento de mananciais e sistemas de produ-
ção de água para abastecimento urbano dos 5.565
municípios brasileiros até o horizonte de 2025. Ape-
sar dos trabalhos pontuais de atualização do ATLAS
Brasil, o diagnóstico e o planejamento realizados
com horizonte de 2015 a 2025 precisam ser revistos.
O estudo ora apresentado proporcionou um
mapeamento da infraestrutura hídrica presente na
região semiárida reforçando o alerta de criticida-
de dos mananciais previstos no Atlas Brasil: dos
36 municípios com diagnóstico de necessidade
de novo manancial, 35 estão classificados ade-
quadamente no G4. Diante de uma seca severa,
verificaram-se desvios no diagnóstico apontado
pelo documento da ANA, no que se refere ao re-
sultado “abastecimento satisfatório”. Isso pode ser
explicado pelo fato de a avaliação ter sido baseada
no crescimento populacional e na disponibilidade
de água em situação normal, não considerando
evento de seca.
No âmbito da ANA, encontra-se em andamento
um estudo de Modelagem Quantitativa e Qualitativa
de Trechos de Rio em Bacias Hidrográficas Consi-
deradas Críticas, cujo objetivo consiste em aprimo-
rar a qualidade da informação dos trechos críticos
definidos pela ANA em corpos hídricos da rede hi-
drográfica para subsidiar a tornada de decisão e
a implementação dos instrumentos de gestão da
Política Nacional de Recursos Hídricos. A definição
desses trechos críticos poderá auxiliar e subsidiar
o direcionamento das ações de gestão para aque-
les locais que já necessitam de uma gestão mais
ativa, ou que apresentam um conflito potencial ou
iminente pela água, como é o caso do semiárido
brasileiro. O Plano Nacional de Segurança Hídri-
ca é outro importante projeto em desenvolvimento
pela ANA e tem como finalidade estudar as regiões
do Brasil que têm apresentado eventos críticos de
secas e inundações, e, a partir da incorporação de
dados mais recentes, propor obras estruturantes
que minimizem seus impactos.
A avaliação dos mananciais e dos sistemas de
produção de água foi realizada com base em dados
do Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água,
estudo coordenado pela ANA e lançado em março
de 2011, e a partir de informações de monitoramen-
to dos principais reservatórios.
A metodologia aqui apresentada baseou-se
nos dados do Atlas Brasil – Abastecimento Urba-
no de Água e nas informações de monitoramento
dos principais reservatórios da região semiárida.
A escassez hídrica dessa região e a adversidade
das condições de suprimento de água à população
são grandes desafios que demandam planejamen-
to permanente. A classificação proposta permite
uma abordagem integrada e constitui uma primeira
base para a definição de uma estratégia de minimi-
zação dos efeitos da seca, que deve ser confronta-
da com dados de campo e ajustada às condições
locais de cada município.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS.
Atlas Brasil:
abastecimento
urbano de água. Brasília: ANA, 2011.
______.
Atlas Nordeste:
abastecimento urbano de água.
Brasília: ANA, 2009.
______.
Atlas Regiões Metropolitanas:
abastecimento urbano
de água. Brasília: ANA, 2009.
Grupo
Ação recomendada
G1
Perfurar poços nas áreas onde houvesse necessidade de ampliar a oferta de água
G2
Acompanhar o andamento das obras de reforço hídrico (incluídas no PAC)*
G3
Municípios com abastecimento satisfatório, portanto nenhuma ação foi prevista
G4
Realizar controle da irrigação, operação de reservatórios ou perfuração de poços complementares e/ou realizar
racionamento e abastecimento de água através de caminhões-pipa